A Travessa dos Apóstolos localiza-se no centro histórico da cidade de Setúbal, entre o Largo da Mesiricórdia e o Miradouro.
Estudos geológicos recentes provaram que a Península de Tróia estaria já em adiantada fase de formação no início da Idade do Ferro, ficando a certeza que o estuário do Sado estava protegido, pelo menos em grande parte, pela restinga constituída pelos cordões dunares que a formaram, embora essa restinga fosse, muito possivelmente ainda no início do 1º milénio a.C., apenas uma ilha. Setúbal implantava-se no na entrada desse estuário cuja parte vestibular estava ainda em formação.
A ocupação da Idade do Ferro localiza-se nma pequena elevação banhada pelas águas da Baía de um amplo esteiro, que abrangia toda a parte baixa da actual cidade de Setubal. A única colina existente no casco histórico de Setúbal fica nas traseiras da Igreja de Santa Maria , e estaria bem destacada na paisagem e possuía boas condições naturais de defesa, sendo banhada pelas águas da baía e de um largo braço de mar que, então, penetrava nos terrenos baixos dos actuais bairros do Montalvão e do Liceu.
O local estava limitado a Norte por uma linha de água (que seguia a direcção da actual Av. 5 de Outubro), a Sul pela praia (hoje Av. Luísa Todi), a Este por uma ravina profunda e a Oeste por uma zona baixa e pantanosa (a actual baixa de Setúbal) .
A ocupação da Idade do Ferro localiza-se nma pequena elevação banhada pelas águas da Baía de um amplo esteiro, que abrangia toda a parte baixa da actual cidade de Setubal. A única colina existente no casco histórico de Setúbal fica nas traseiras da Igreja de Santa Maria , e estaria bem destacada na paisagem e possuía boas condições naturais de defesa, sendo banhada pelas águas da baía e de um largo braço de mar que, então, penetrava nos terrenos baixos dos actuais bairros do Montalvão e do Liceu.
O local estava limitado a Norte por uma linha de água (que seguia a direcção da actual Av. 5 de Outubro), a Sul pela praia (hoje Av. Luísa Todi), a Este por uma ravina profunda e a Oeste por uma zona baixa e pantanosa (a actual baixa de Setúbal) .
Não havendo quaisquer datações de radio carbono, é análise dos materiais arqueológicos que possibilita perceber que a ocupação pré-romana de Setúbal se iniciou no século VII a.C. e se prolongou até à Época romana.
Escavações entre 1983 e 1985, levadas a efeito pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. A escavação, que atingiu uma profundidade de cerca de 3.75 m, proporcionou uma extensa estratigrafia com 15 níveis de sedimentos diferenciados entre si. Os níveis 1 a 4 correspondiam às ocupações medievais, modernas e contemporâneas e os 5 a 11 às diversas fases romanas. A Idade do Ferro registou-se nos estratos 12 a 14, o último dos quais se sobrepunha ao 15, sobre a rocha, e estéril do ponto de vista arqueológico.
A estes três níveis sidéricas os investigadores do Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal fizeram corresponder três fases de ocupação da Idade do Ferro, distintas do ponto de vista cronológico e diferenciadas ao nível da cultura material.
A estes três níveis sidéricas os investigadores do Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal fizeram corresponder três fases de ocupação da Idade do Ferro, distintas do ponto de vista cronológico e diferenciadas ao nível da cultura material.
Na Fase I há um predominio da cerâmica manual, enquanto que na Fase II os materiais orientalizantes atingem maior importância.
A cerâmica cinzenta está presente nos dois momentos de ocupação, verificando-se contudo algumas alterações no reportório formal, que na primeira fase é caracterizado pela existência de pratos e taças baixas de bordo com espessamento interno convexo, e na segunda fase foram recolhidos, para além das formas existentes na Fase I, pratos ou taças baixas de bordo simples e de perfil em S.
A cerâmica de engobe vermelho está documentada em ambas as fases existindo uma evolução para os pratos de bordo largo e pateras carenadas.
A cerâmica pintada em bandas manifesta-se na Fase I e na Fase II sendo nesta ultima associada a formas afins de pithos.
As ânforas surgem exclusivamente na Fase II, e correspondem ás formas 10.1.1.1. e 10.1.2.1. de Ramon Torres.
A cerâmica cinzenta está presente nos dois momentos de ocupação, verificando-se contudo algumas alterações no reportório formal, que na primeira fase é caracterizado pela existência de pratos e taças baixas de bordo com espessamento interno convexo, e na segunda fase foram recolhidos, para além das formas existentes na Fase I, pratos ou taças baixas de bordo simples e de perfil em S.
A cerâmica de engobe vermelho está documentada em ambas as fases existindo uma evolução para os pratos de bordo largo e pateras carenadas.
A cerâmica pintada em bandas manifesta-se na Fase I e na Fase II sendo nesta ultima associada a formas afins de pithos.
As ânforas surgem exclusivamente na Fase II, e correspondem ás formas 10.1.1.1. e 10.1.2.1. de Ramon Torres.
BIBLIOGRAFIA
ARRUDA, Ana Margarida (2000) - Los fenícios en Portugal: Fenícios y mundo indígena en el centro y sur de Portugal. Barcelona: Cuadernos de Estudios Mediterráneos. Barcelona.